A GIRA ACABA, todos estão felizes e satisfeitos porque foi um ótimo trabalho e muitos foram ajudados pela “caridade através
da incorporação do espírito”.
Alguns médiuns, rápido, vão embora, pois ainda têm compromissos.
Outros também somem instantaneamente, pois estão bem cansados e só pensam em chegar logo em casa.
Ainda tem aqueles que ficam sentados, relaxando e conversando,
comendo um lanche, pois estão há horas sem comer.
Mas há uns poucos médiuns que,
mesmo cansados, com fome, cheios
de afazeres em casa, nem bem ouvem
as palmas do “salve o fechamento dos
trabalhos” e já vão correndo buscar a
vassoura, pano, balde e rodo...
Para eles, a Gira ainda não acabou!
Todos os momentos do Ritual de Umbanda são sagrados e pos-
suem o seu axé todo especial – a abertura, a defumação, o bater
cabeça no altar, o incorporar o Orixá, o dar consultas incorporado
do Guia, o cambonar, o cantar na curimba, tudo é maravilhoso e
nos faz sentir Pai Olorum mais perto de nós.
Mas o que poucos sabem (e muitos nem querem saber!) é que há um axé muito especial que só recebe quem limpa o chão de um solo sagrado! limpar o solo sagrado para guias e Orixas baixarem é tão importante quanto qualquer trabalho dentro da Umbanda poucos fazem esse trabalho
Um filho de Umbanda, dentro do terreiro limpa o chão como devoção e não como uma chata necessidade de faxinar. Um filho de Umbanda não espera ser escalado ou designado por uma ordem superior para fazer e colaborar com o terreiro, ele por si só observa as necessidades e se voluntaria, pois lhe é muito satisfatório agradar sua mãe Umbanda. A casa de Umbanda é de todos.
Pense Nisso!!!
É o “Axé da Gratidão” dos Pais e Mães Orixás e de
todos os Guias que compõem a egrégora do Templo!