Consoderada um monumento sagrado pelo candomblé, a Pedra de Xangô, localizada no bairro de Cajazeiras 10, em Salvador, foi tombada pela prefeitura na tarde desta quinta-feira (4). A cerimônia contou com a presença do prefeito ACM Neto e do presidente da Fundação Gregório de Mattos (FGM), Fernando Guerreiro, além de grupos de candomblé da região.
Conforme a prefeitura, o monumento natural foi tombado por ser elemento de resistência cultural e aglutinador da teia de terreiros do conjunto de bairros de Cajazeiras. O tombamento ocorreu após solicitações da Associação Brasileira de Preservação da Cultura Afro-Ameríndia (AFA), da Associação Pássaros das Águas e da Câmara Municipal de Salvador.
Além da pedra, toda a região de 17 hectares onde ela está também foi tombada. A área, que é considerada sítio histórico do antigo Quilombo Buraco do Tatu, já havia sido oficializada como a primeira Área de Proteção Ambiental (APA), criada pela Prefeitura com base no novo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Salvador (PDDU).
Conforme a prefeitura, além do tombamento, a Secretaria Municipal de Cidade Sustentável e Inovação (Secis) desenvolve estudos para a implantação do Parque em Rede Pedra de Xangô, que terá regimento próprio e conselho gestor e equipamentos como ciclovia, anfiteatro, e área para celebrações religiosas.