Curimba é o nome que damos para o grupo responsável pelos toques e cantos sagrados dentro de um Terreiro de Umbanda. São eles que tocam os atabaques e também cantam os pontos cantados, sendo de suma importância para o bom andamento das Giras.
As funções dos pontos cantados são: Ritualística, onde os pontos “marcam” todas as partes do ritual da casa como a defumação, abertura das Giras, entre outras; Concentradora, pois auxilia na concentração e foco dos médiuns para o atendimento, pois os toques assim como os cantos envolvem suas mentes e o preparam para o trabalho espiritual.
As ondas energéticas sonoras emitidas pela Curimba vão se espalhando por todo o Terreiro e vão dissolvendo energias negativas e pesadas, diluindo miasmas, limpando e criando uma atmosfera psíquica com condições ideais para a realização das Giras. A Curimba transforma–se em um verdadeiro “pólo” irradiador de energia dentro do Terreiro, potencializando ainda mais as vibrações dos Orixás.
Os pontos são como “orações cantadas”, com alto poder de realização e auxiliam também na manutenção da ordem nos trabalhos espirituais, com os seus pontos de “chamada” das linhas, “subida”, “firmeza”, “saudação”, etc. Ela ajuda a sustentar a manifestação dos Guias, pois o que realmente invoca os Guias e os Orixás são os nossos pensamentos e sentimentos positivos vibrados.
O atabaqueiro, curimbeiro ou simplesmente “ogã”, como popularmente as pessoas chamam na Umbanda é fundamental dentro do ritual, pois sua intuição vai ajudá-lo a comandar o andamento dos trabalhos. Por isso é tão importante que os interessados em tocar e cantar procurem uma escola de curimba onde aprenderão os fundamentos, os toques de nação e “como”, “o quê” e “quando” cantar. Mulheres também podem ser atabaqueiras e curimbeiras!
Quando os Guias incorporados fazem sua saudação à frente dos atabaques, estão saudando as pessoas que tocam e estão pedindo também para que as forças movimentadas pela Curimba sejam benéficas a todos. E ainda assim, mesmo com tanta importância, muitos chegam a defender a abolição dos atabaques dos Centros de Umbanda!
Mas os próprios Guias e mentores de Umbanda respondem a isso incentivando os toques e trazendo mentores nesse “campo”. Afinal, como explicamos, o atabaque quando bem utilizado é ótima ferramenta para o desenvolvimento mediúnico. Além disso, que graça teria uma Gira sem música?